Nas Ventanias de uma Areté



NAS VENTANIAS DE UMA ARETÉ.

Monólogo cênico-sonoro que narra à saga de de Benedito, um militar mediano que comete as mais adversas atrocidades para conquistar suas patentes e manter a ordem e o progresso a seu favor.
Com texto inspirado em duas obras clássicas da literatura brasileira: “O Espelho” de Machado de Assis e “Sargento Getúlio” de João Ubaldo Ribeiro, discutem relações de poder, além de fatos reais baseado na história de jagunços, desde o século XIX, aos temidos justiceiros, que executam chacinas, de forma impune, nas periferias urbanas
O espetáculo acontece em um ambiente de fantasia e devaneios do herói, em que busca eliminar seu inimigo, para não perder sua posição social, mas paralelamente vai desvendando suas estórias, contradições e sentimentos.
A saga começa no quarto de Bendito, espaço subjetivo em que está despojado de sua farda e naturalmente do arquétipo de um caçador impiedoso, ao longo da cena vai se preparando para o desafio traçado, e a cada adereço vestido assume gradualmente outra face.
A sonoridade conduz à narrativa, em que varia uma trilha sonora ambientada e ações do personagem no espaço cênico que marcam as transições de cena e fluxos de pensamentos e memórias do herói.
A narrativa é contada a partir da ótica de Benedito, costurando contradições, dialéticas e conflitos (externo/interno) em torno de seu preceito de missão, justiça, honra e virtude (areté) durante a caçada ao seu inimigo.
O tempo do espetáculo é exatamente 45 minutos em uma ação de exatidão e busca de perfeição do herói em sua relação com o tempo, sendo este o único elemento real da história.
O inimigo de Benedito é sua imagem refletida e metaforizada, em um polo de personificação equivalente, ou seja, estabelecendo um prenúncio de colisão entre algozes, que marca o eixo central da narrativa.

Ficha Técnica:
Texto: Michel Yakini
Atuação confecção de instrumentos e máscaras: Majó Sesan
Direção: Rogério Tarifa
Cenário: Andreas Guimarães
Figurino: Ruth Melchior
Iluminação: Marcus Filomenus
Trilha Sonora Original: Mario Conte
Direção Sonora: André Pereira/Carlos Zimbher
Encenado na Casa Teatro de Utopias
Gravação: Julia de Luca e Roberto Skora Editado por: Roberto Skora (Polaco Filmes) Produção: Amanda Prado